Existem vários tipos de iniciantes. Existem pessoas que nunca estudaram inglês; existem pessoas que começaram mas não foram adiante; existem pessoas que recomeçaram inúmeras vezes. Existem pessoas que ainda têm esperança e existem pessoas que desistiram de tentar. Por que tantos cenários diferentes? A resposta é simples: porque somos todos diferentes.
Desde que a educação padronizada começou a se institucionalizar na Inglaterra da Revolução Industrial, estudantes têm sido tratados de forma uniforme. Como diz a celebrada canção do grupo inglês Pink Floyd, para o sistema eduacional, somos apenas another brick in the wall, ou apenas mais um tijolo do muro. Se esse projeto de massificação funcionava para moldar operários e trabalhadores que aprendessem a respeitar horários, não faltar e não desrespeitar seus superiores; ao ser aplicado aos objetivos educionais mais amplos que vieram com a evolução do modelo inicial, tratar todos da mesma forma nem sempre tem dado bons resultados.
Até que estudos e a evolução social iluminassem questões como os déficits de aprendizagem, dislexia, distúribios de atenção e uma infinidade de transtornos prejudiciais ao aprendizado, muitos indivíduos pagaram o preço com notas baixas, reprovações e até mesmo bullying na forma de castigos extremamente cruéis. Quem nunca viu alguma cena de cinema ou desenho animado retratando um pobre aluno sentado em um banco alto no canto de uma sala de aula com um cone com a palavra “burro” em sua cabeça? A parte dura de acreditar é que essas coisas eram práticas corriqueiras. O pior é que, em muitas escolas e para muita gente, a situação não mudou o tanto que deveria e as escolas continuam contribuindo para que muitas pessoas tenham traumas das mais diversas matérias, como matemática, português, educação física e, frequentemente, inglês.
No caso do inglês, escolas e franquias especializadas entraram em cena para suprir a deficiência de um ensino que até hoje parece, a despeito de sua presença, ineficiente. Para se manterem viáveis, apostam quase sempre na mesma fórmula, níveis padronizados onde todos são tratados da mesma forma.
O resultado muitas vezes é a desistência daqueles que percebem não se encaixar nesse molde. Mas o pior de tudo é que aqueles que acham que se encaixam estão com frequência apenas enganando a si mesmos ao longo da sucessão de livros ou níveis que percorrem. Uma queixa frequente de muitos estudantes é que, mesmo apesar de muitos anos de estudo, eles não têm umlistening satisfatório. Outra queixa recorrente é a falta de fluência. E em casos mais raros, deficiência de escrita – não que a escrita seja um aspecto onde esses estudantes tenham bom desempenho, mas porque essa é frequentemente menos necessária fora da sala de aula.
A realidade é que muitas escolas criam um ambiente de inglês artificial onde o aluno é estimulado a acreditar que seu inglês funciona. E naquele ambiente funciona mesmo! Porque os próprios professores, muitas vezes sem perceberem, aprendem a conviver com o inglês deficitário desses alunos, esquecendo que no mundo real esse seria insuficiente para manter um conversa significativa, escrever um relatório, passar em um exame padronizado, assistir a um filme sem legendas. Mesmo assim esses alunos passam e recebem seus “diplomas”. Isso sem contar as avaliações auxiliadas por presença, assiduidade, esforço e toda uma horda de substantivos cuja função é a de atenuar a falta do único que realmente conta: desempenho.
A existência desse inglês artificial se tornou tão presente, ao mesmo tempo em que é verdadeiramente ignorada, que uma importante escola de idiomas de São Paulo criou seu próprio exame de proficiência. Uma invenção pelo menos curiosa já que há vários exames de proficiência mantidos por instituições internacionais de renome que dariam credenciais muito mais sólidas para quem os prestasse. Será que os egressos dessa escola precisam ser testados dentro da própria instituição? Será que esse exame de proficiência possui o mesmo respeito no mercado que teria um exame como Michigan, Cambridge, ou TOEIC? Será que esse exame refeltirá escores mais altos do que aqueles que seriam registrados no TOEFL ou IELTS? Como seriam comparadas as suas escalas?
Mas ainda não havíamos chegado ao ápice da ineficiência no ensino de inglês. O ápice veio mesmo com a internet e uma enxorrada de escolas prometendo aulas por computador. A maioria nem vai se importar de verificar se seu computador dá conta do recado, ou se sua banda larga é suficiente, desde que a mensadlidade esteja paga ou os créditos comprados ou o qualquer que seja a forma de pagamento exigida pelos mascates da internet que se jogaram no que acreditavam ser um nicho de mercado capaz de gerar dinheiro fácil. Muitas dessas operações já quebraram, outras insistem em suas promessas de inglês com esforço mínimo e professores supostamente nativos em outros países.
Mas qual é o problema? Você pode estar se perguntando. O problema é simples: falta de vínculo. O que resulta em falta de feedback; o que, por sua vez, sabota o aprendizado. Será que um ginasta pode treinar com um técnico online? A resposta é: sim, mas a experiência não será a mesma. Utlizar recursos online como apoio tecnológico é muito bom e bem-vindo; mas aulas por computador com um talking head está a apenas a um passo de distância de uma experiência auto-didata. Sim, essa experiência virtual, assim como a experiência auto-didata, pode funcionar, mas requer alto nível de disciplina e abre espaço para brechas e fossilização de erros que serão difíceis e caros de erradicar mais tarde.
Por isso, fique atento às promessas e lembre-se da máxima: “Quando a esmola é grande demais…” Pense, sim, no custo de aprender em inglês, mas pense também no custo de não aprender inglês. Para a sua vida pessoal e para sua carreira. Pense no custo de aprender algo a curto ou médio prazo com quem sabe o que faz versus o custo de simplesmente estudar algo por anos a fio sem colher os frutos prometidos.
Se você está considerando retomar seus estudos, se nunca estudou, se começou e recomeçou 10 vezes, se tem trauma, ou simplesmente não tem mais como fugir da realidade, venha conversar com a gente. A DialogStrategy© já ajudou muita gente e tem uma metodologia que se molda a você sem esperar que você se molde ao mundo.
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